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Cada vez mais a construção civil busca meios de industrializar seus processos, mudar e procurar alternativas construtivas diferentes, tudo com o intuito de melhorar uma única coisa, a PRODUTIVIDADE. Num setor em que a cultura do controle ainda é extremamente difícil e pouco assertiva, mudar o “jeito” que se constrói, tentando industrializar ao máximo seus processos, ajuda a identificar onde estão as falhas, sejam elas de definição de escopo, custo ou tempo. Se você tem mais controle, você sabe exatamente quanto gasta, quanto tempo dura, e que qualidade tem. Assim você pode, além de melhorar a margem de lucro, oferecer um produto melhor a seus clientes.
Um dos processos construtivos que tem essa grande característica é o PAREDES DE CONCRETO MOLDADAS IN LOCO. De maneira simples, o sistema consiste em ter fôrmas que perfazem todas as paredes e lajes (se for o caso) de uma ou mais unidades habitacionais, que depois são concretadas de uma só vez, monoliticamente, não existindo vigas ou pilares. O conjunto todo de lajes e paredes forma uma grande peça única estrutural. O passo a passo seria: a montagem da armadura (em sua grande maioria telas soldadas com reforços estruturais nos vãos e respaldo), a montagem das instalações embutidas (elétrica e hidráulica), a colocação dos espaçadores, a montagem da fôrma e a concretagem.
Através desse Passo a Passo desenvolvido especialmente por nós da Neo Formas você terá todas as informações necessárias para concluir que a partir de uma quantidade mínima de unidades o melhor sistema construtivo a ser adotado será o de Paredes de Concreto. Nesse primeiro passo iremos explicar a importância do PROJETO nesse sistema, desde a sua concepção até a execução.
O PROJETO é a parte crucial de qualquer empreendimento em qualquer área, e se ele for feito com muito cuidado e planejamento, a obra em sim tem muito mais chances de ser finalizada sem maiores problemas. Além de ser fundamental para evitar o retrabalho, que é a maior causa de aumento de custos imprevistos na obra, um projeto bem feito já prevê possíveis problemas e suas devidas soluções. No Brasil infelizmente ainda temos a cultura de que é melhor executar tudo de qualquer maneira, porém isso vem mudando com o tempo e cada dia que passa vemos que é melhor elaborar um projeto por 6 meses e executá-lo em 12 meses do que projetar em 1 mês e ficar 24 meses alterando a execução diariamente.
Mas o que isso tem a ver com industrialização?
Imagine no sistema tradicional onde você teria que controlar argamassa de assentamento dos blocos e, por sua vez, cimento, areia, cal e água. Depois, teria que controlar o assentamento de blocos cerâmicos, bem como sua mão de obra e desperdício. A mesma coisa para o chapisco, emboço, reboco, as peças estruturais, pilar, viga e laje, as instalações elétricas e hidráulicas embutidas e, ainda, a logística de tudo isso no canteiro. Além de se tornar totalmente dependente de uma mão de obra cada vez mais escassa, ainda tem a preocupação de tratar o entulho e manter a obra organizada no meio de todo esse material. Se for edificação vertical, mais ainda, a preocupação com a logística.
No sistema PAREDES DE CONCRETO, você diminui drasticamente a quantidade de itens a serem controlados, pois só tem praticamente a montagem e desmontagem da fôrma, a armadura, as instalações e concretagem, deixando o processo muito bem industrializado, aumentando o controle e melhorando a assertividade do resultado.
Premissas para um bom projeto de Paredes de Concreto
Para que o seu projeto seja ideal para a utilização do sistema, é necessário utilizar as premissas abaixo:
1 – Medidas das paredes: para que se tenha uma maior produtividade na estrutura quanto no acabamento é necessário estipular que todas as paredes tenham medidas exatas, de preferência múltiplos de 10cm: 2,50m, 2,00m, 1,20m. Caso seja necessário “quebra-las”, que seja por múltiplos de 5cm. Isso facilita muito tanto na fabricação das formas quanto na montagem das mesmas em obra.
2 – Pé-Direito: item fundamental em qualquer projeto, o pé-direito deve ser analisado com muita precisão pois influencia diretamente no custo da obra. Hoje o padrão do MCMV é 2,60m + 10cm de laje, portanto todos os fornecedores de formas possuem painéis com essas medidas como padrão. Caso tenha necessidade de aumenta-lo, você terá um aumento não só da área de formas, como também do concreto, do aço e da mão-de-obra, uma vez que terá mais área a ser montada. Com o aumento de edifícios verticais esse pé-direito vem aumentando para 2,70m, porém para a grande maioria dos casos 2,60m atende perfeitamente.
Além disso, como as formas de alumínio têm uma durabilidade padrão de 1.000 concretagens (seguindo as orientações do fornecedor para manutenção e armazenagem), caso você opte por compra-las é fundamental que esse pé-direito seja utilizado também nos próximos projetos, pois a alteração da altura dos painéis além de ser muito trabalhos, gera um custo desnecessário para a empresa.
3 – Arquitetura: hoje o sistema já é capaz de se adaptar para qualquer tipo de projeto, porém é inegável que sua maior eficiência se dá em projetos que sejam mais “quadrados”, pois assim há menos reentrâncias que geram mais acessório e consequentemente mais peças a serem manuseadas.
4 – Vãos de portas e janelas: sempre necessário prever o vão exato que ficará na parede de concreto, uma vez que no projeto arquitetônico as folgas necessárias para a instalação das portas e janelas não são previstas. Sempre indicamos uma folga de 2cm de cada lado das janelas, 1,5cm de cada lado das portas e 6cm na altura das portas.
Caso você esteja conhecendo o sistema agora, será necessário elaborar um Estudo de Viabilidade, onde será possível comparar os métodos construtivos e definir qual será o melhor para seu empreendimento. Como já citado acima, será necessário uma quantidade mínima de unidade para que se torne viável, e com a nossa modalidade de LOCAÇÂO essa quantidade se torna consideravelmente menor comparando com a AQUISIÇÃO. Nesse estudo você precisará calcular todos os custos em seu sistema construtivo atual e compará-lo com os custos em paredes de concreto, que depois de definir o projeto será bem mais fácil calcular. Serão basicamente o custo das formas (o valor total dela será diluído pelo período da obra), o aço, os espaçadores plásticos, os acessórios elétricos e hidráulicos (que são específicos para o sistema), a mão de obra e o acabamento (também específico).
A grande vantagem se dará na redução da mão de obra e também o tempo de obra, que será reduzido consideravelmente pois o cálculo de uma concretagem diária é real e factível.
Com isso chegamos ao final do primeiro passo – e mais importante – para a escolha do sistema de Paredes de Concreto para sua obra. Nas próximas semanas explicaremos todos os passos até a entrega da chave para os moradores, começando semana que vem pela escolha dos fornecedores de todos os insumos necessários.