Saiba sobre Obra em Andamento – Mônaco Residence
Uma das características importantes deste sistema construtivo é a grande redução da espessura das camadas de revestimento. Não existem restrições quanto ao uso de qualquer tipo de revestimento, sendo exigidos apenas o cumprimento das especificações do fornecedor do material e, normalmente, são aplicados diretamente sobre a parede de concreto. É recomendável apenas que o acabamento seja iniciado após uma cura úmida da parede.
Como resultado tem-se que, após a desforma, as paredes niveladas e aprumadas exibem uma textura regular, apresentando apenas os sinais superficiais das junções entre painéis e furos dos espaçadores. Também são visíveis pequenas bolhas de ar, geradas pela espuma ou incorporadas à massa durante o processo de lançamento.
As rebarbas decorrentes das junções de painéis devem ser removidas com uma espátula logo após a desforma. Os furos dos espaçadores devem ser preenchidos, e as eventuais falhas decorrentes de infiltração de ar e as falhas provocadas pela heterogeneidade da granulometria da areia e impurezas podem ser corrigidas com o estucamento. Essa etapa é crucial que seja executada logo após a desforma, para que se tenha uma superfície plana e limpa.
Mais uma grande vantagem do sistema de parede de concreto está presente nessa etapa: a eliminação do chapisco e do reboco. Após o tratamento explicado acima o concreto já estará pronto para receber o revestimento. Nas paredes internas, em geral, utiliza-se argamassa com base cimentícia, argamassa com base acrílica, massa niveladora ou gesso para regularização, para então finalizar com a pintura. Para a massa corrida, é importante utilizar o produto correto, ou seja, base acrílica externamente e base de PVA internamente. Para as argamassas cimentícias, a indústria tem desenvolvido argamassas de baixa espessura específicas para o sistema parede de concreto. Elas apresentam textura extremamente fina, bastando um leve lixamento após sua aplicação para receber a pintura final. Estas argamassas são formuladas de maneira a garantir, entre outras características, a aderência na superfície do concreto, que é o ponto crítico no sistema de revestimento. Com relação ao gesso, melhora-se a aderência à base com o uso de chapisco rolado.Já nas paredes externas é necessário somente a aplicação da textura.
Na parede externa aplica-se diretamente a pintura acrílica texturizada, sem reboco. É necessário verificar a superfície das paredes, eliminando eventuais rebarbas e, se necessário, fazer limpeza com escovação mecânica e jato de água pressurizada, garantindo assim a retirada de todo material pulverulento.
Para aplicação do revestimento nas áreas molhadas, é necessário que haja adesão química e que sejam utilizados produtos mais adesivos (com polímeros). Recomenda-se utilizar pelo menos uma argamassa colante AC II e argamassa de rejuntamento tipo II; e para uso externo, uma argamassa AC III e argamassa de rejuntamento tipo II. Quanto menor o “pano” do revestimento cerâmico menor será a deformação. As áreas revestidas devem ser menores para que se obtenha mais juntas que irão absorver melhor as deformações. Uma prática também positiva é realizar um teste de arrancamento nas regiões a serem executadas. Lembrando sempre que para uma boa fixação, as paredes devem estar limpas, livre de qualquer poeira ou óleo, sem qualquer composição que impeça a boa aderência da argamassa e com o alinhamento com um desvio máximo de 3mm a cada 2m.
Para aplicação dos pisos cerâmicos, a recomendação segue a mesma dada à parede: argamassas de assentamento tipos AC II ou ACIII e argamassa de rejuntamento tipo II. As juntas de dilatação são necessárias nos perímetros da área revestida e onde há mudança de materiais. Para estas juntas aconselha-se utilizar selantes à base de poliuletano.
Com isso encerramos o passo a passo do sistema, desde a concepção do projeto até o acabamento final. Semana que vem continuaremos abordando as patologias e como soluciona-las!